sábado, 22 de abril de 2017

Resumo - Fungos





Fungos são seres eucarióticos que tanto podem ser microscópicos como macroscópicos. Esses organismos podem se desenvolver em diversos lugares, como no solo; na água; nas plantas; em animais e; em detritos orgânicos. Os fungos, que podem ser conhecidos popularmente por vários nomes, como bolores, mofos, orelhas-de-pau e cogumelos, se alimentam de substâncias orgânicas de origens variadas, como, por exemplo, folhas caídas, animais mortos e resíduos orgânicos em geral, de tal forma que atuam como decompositores, reciclando os resíduos orgânicos, e ajudando na manutenção dos ecossistemas.
Os fungos são muito variados.
fonte: http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=7&cid=90598&bl=1&viewall=true
Os fungos unicelulares, ou leveduras, são células individuais com apenas um núcleo. Normalmente são maiores que as bactérias. Porém, a maioria dos fungos não é unicelular. O corpo de um fungo filamentoso é formado por uma estrutura chamada micélio. Este é composto de filamentos individuais em forma de tudo, as hifas, que correspondem a células com muitos núcleos.
Durante a fase reprodutiva, o micélio de um fungo filamentoso é subdividido em duas partes distintas, cada uma com uma função específica, o micélio vegetativo, assumindo as funções vitais do organismo, tais como nutrição e crescimento e; o micélio reprodutivo, formado por hifas especializadas na formação de esporos, células reprodutoras. Essas hifas, em geral, crescem perpendicularmente ao substrato, favorecendo a dispersão dos esporos.
Representação das hifas.
fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biofungos2.php
Em relação à nutrição, todos os fungos são incapazes de produzir seu próprio alimento (heterótrofos). Entretanto, diferente dos animais, que são heterótrofos e que realizam a digestão dentro do corpo, os fungos realizam digestão extracorpórea (fora do corpo). O fungo lança no ambiente enzimas que degradas as moléculas orgânicas complexas e , depois, absorve moléculas menores, mais simples. Em relação aos modos de vida, os fungos podem ser:
- Decompositores: são, juntamente com as bactérias, os principais decompositores da biosfera, reciclando a matérias dos seres vivos. A maioria deles vive no solo, obtendo seus nutrientes de seres mortos. Os fungos decompositores também são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos e de outros materiais, como a madeira.
Fungo (bolor) no pão.
fonte: http://www.cienciahoje.org.br/revista/materia/id/390/n/comer_pao_com_bolor_faz_mal_a_saude_torra-lo_neutraliza_o_possivel_efeito_malefico
- Parasitas: são fungos que vivem à custa de outros seres vivos, prejudicando-os e ocasionalmente provocando até sua morte. As doenças que são causadas por fungos parasitas são chamadas, quando nas plantas, de ferrugem e; nos animais, de micoses.
- Mutualísticos: são fungos que se associam a outros organismos, estabelecendo uma relação em que há benefício mútuo para os indivíduos envolvidos. Associações mutualísticas formam estruturas como as micorrizas (associação de fungos e raízes) e os líquens (fungos e algumas variedades de algas e cianobactérias).
- Predadores: os fungos atuam como predadores. Na maioria dos casos, as hifas secretam substâncias aderentes que aprisionam os organismos que tocam os fungos. Dessa maneira, as hifas penetram o corpo da presa, crescem e se ramificam, espalhando-se no interior do organismo  e absorvendo seus nutrientes, causando-lhe a morte.
Os fungos podem apresentar, durante o ciclo de vida, fases reprodutivas diferentes, uma assexuada e outra sexuada. Na reprodução assexuada mais simples num fungo filamentoso, um fragmento do micélio gera novos micélios, é conhecida como fragmentação. No caso das leveduras, unicelulares, ocorre a divisão celular, conhecida como brotamento ou gemulação. Nos fungos também é comum o processo de esporulação, um mecanismo de reprodução que envolve células haploides, os esporos. Os esporos são desenvolvidos em uma estrutura normalmente acima do solo, chamado esporângio, em que, na hora certa, sua parede se rompe e libera os esporos. Após um período de dispersão, e na presença de condições ambientais favoráveis, os esporos podem originar uma nova hifa. Na reprodução sexuada, ocorre a fusão de núcleos gaméticos haploides, gerando zigotos diploides. 
Formas de reprodução (sexuada e assexuada) presentes no ciclo de vida da maioria das espécies de fungos.
fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biofungos3.php
Por muito tempo, os fungos foram integrantes do reino Planta, e somente no final da década de 1960 passaram a ser reconhecidos como integrantes de um reino à parte. Existem muitas características dos fungos que permitem diferenciar fungos das plantas. Estudos mostraram que nenhum fungo é capaz de sintetizar o pigmento responsável pela fotossíntese, a clorofila. Eles também não armazenam amido, como substância de reserva em suas células. Além disso, existem algumas características na estrutura dos fungos que ocorrem frequentemente em células animais, entre as quais sua capacidade de armazenas glicogênio como material de reserva. Muitas variedades de fungos têm parede celular, como as células vegetais, porém essa parede é composta de quitina, um polissacarídio também encontrado no exoesqueleto de artrópodes, que, por sua vez, pertencem ao reino Animal. A classificação e a organização dos filos que compõem esse reino geram controvérsias. Assim, sem contar os fungos conidiais, cuja classificação gera discussão entre os micologistas e que não possuem reprodução sexuada, os quatro filos que compõem o reino dos fungos são:
- Quitridiomicetos: fungos que vivem principalmente em ambientes de água doce ou salgada. São cosmopolitas, ou seja, existem em diversas regiões do planeta. Esse filo é o único dos fungos com células flageladas.
- Zigomicetos: saprófagos que vivem livremente no solo, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição.
- Ascomicetos: são muito variados, com muitas espécies, existem formas unicelulares, chamadas de leveduras, e formas filamentosas, como os mofos e bolores.
- Basidiomicetos: são cosmopolitas e vivem principalmente em ambiente terrestre. A maioria dos fungos desse filo é saprófaga. Existem, porém, representantes parasitas e mutualísticos. 
Finalizando, os fungos são de extrema importância para o meio ambiente, pois reciclam a matéria orgânica. Alguns fungos também possuem substâncias antibióticas, como a penicilina, que foi de extrema importância para o desenvolvimento da medicina moderna. Existem, também, fungos perigosos, que podem causar alucinações e doenças, como as ferrugens e as micoses.

Referências bibliográficas

COSTA OSORIO, Tereza. Ser Protagonista Biologia - Volume 2. São Paulo: Edições SM, 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário