Integrantes do Grupo: Al. Herter, Número 41194, Al. Natan Cauê, Número 38369, e Al. Lucas Ribeiro, Número 20039 - Turma 202.
Classificação e Sistemática
Classificar significa agrupar elementos de acordo com critérios, estes que podem variar muito. Conforme as civilizações foram surgindo, foram surgindo também tentativas de classificação das coisas do dia a dia. No passado, a classificação servia, de propósito prático, para saber se algo era nocivo, comestível ou neutro.
Já, no século 4 AEC, Aristóteles, um grande naturalista, e também filósofo, que criou a palavra Biologia (estudo da vida), cria um método de classificação dos seres, a scala natuae (escala natural), baseado na "complexidade" dos mesmos, sendo os humanos os mais complexos, seguidos pelos outros animais, as plantas e, por último, os minerais. Teofrasto, um aluno de Aristóteles, estudou aprofundadamente as plantas, e muitas das palavras relacionadas às mesmas, foram criadas por ele. Teofrasto criou também um método de classificação, porém este era focado em ervas, arbustos e árvores, e se baseava em características como forma de reprodução, ambientes onde viviam, métodos de semeadura, aplicações práticas e utilidade como fonte de alimento para animais e seres humanos. Esses sistemas de classificação continuaram a existir até o século 16 EC, com uma publicação de Conrad Gessner, que usava critérios mais minuciosos de caracterização, mas que abrangia até mesmo seres mitológicos e/ou inexistentes, visto que considerava relatos de muitos viajantes. Com o começo das Grandes Navegações, as expedições começaram a trazer muitos exemplares desconhecidos pelos europeus, e assim houve a necessidade de se catalogar os mesmos.
Linnaeus (Lineu), no século 18 EC, começou a estudar as espécies e a estabelecer regras para a nomenclatura científica das mesmas. Resumidamente, as regras são: o gênero é a primeira palavra, e deve ser escrito com letra maiúscula; a segunda palavra, referente à espécie, é escrita com letra minúscula; os nomes são escritos com palavras da língua latina ou palavras latinizadas; se o nome for manuscrito, as palavras devem ser sublinhadas separadamente, e se o nome for impresso, as palavras devem estar em itálico, isso é feito para dar destaque ao nome; quando se querer citar um gênero, o nome pode ser seguido pela abreviação de uma espécie qualquer pertencente ao gênero citado.
Lineu propôs, também, conceitos que iriam dar origem às categorias taxonômicas atuais, estas que atualmente são (em ordem de maior abrangência): reino (conjunto de filos com semelhanças), filo (conjunto de classes com semelhanças), classe (conjunto de ordens com semelhanças), ordem (conjunto de famílias com semelhanças), família (conjunto de gêneros com semelhanças), gênero (conjunto de espécies com semelhanças) e espécie (conjunto de seres que apresentam semelhanças entre si, e que conseguem cruzar, gerando descendentes férteis). Além dessas categorias, em 1990, Carl R. Woese propôs uma categoria superior aos reinos, os domínios.
Categorias taxonômicas. fonte: http://e-portfolio-biologia.blogspot.com.br/2009/02/hierarquia-das-categorias-taxonomicas.html |
Até Charles Darwin, a ideia mais aceita pela comunidade cientifica era a de que os seres eram imutáveis e que existiam assim como são hoje desde que foram "criados", o fixismo. O britânico sugeriu que surgiam pequenas modificações nos seres vivos, e que assim, passadas as gerações, alguns se tornavam mais aptos em relação aos outros para sobreviver, e assim estes "sobrariam", e iriam gerar descendentes com as mesmas características. Para Darwin, com o tempo essas pequenas mudanças iriam se acumular, levando à formação de uma nova espécie. Darwin chamou de seleção natural o processo que tornaria possível a evolução. Assim, com essas ideias sendo consideradas, a classificação dos seres vivos deveria procurar por ancestrais comuns entre as espécies, para poder considerar isso nas "divisões" criadas.
A especiação, o processo de formação de novas espécies a partir de uma população já existente, pode ser causada por muitos motivos, dentre eles: a deriva genética; a migração (efeito fundador) e; a seleção natural.
Árvores filogenéticas e cladogramas
Para se apresentar visualmente as relações de parentesco evolutivo, muitas vezes são usados diagramas, como as árvores filogenéticas e os cladogramas. Em uma árvore filogenética, parte-se de uma raiz (táxon ancestral), que se ramifica, e em cada extremidade é apresentado um táxon (derivado). Os pontos de ramificação, representando o processo de especiação, são chamados de nós. As árvores representadas de acordo com os princípios da sistemática filogenética são os cladogramas. Nestes, os táxons são organizados levando em consideração as apomorfias ("distante da forma primitiva", do grego), que são as "novidades evolutivas", características novas e exclusivas do táxon derivado.
Referências bibliográficas
COSTA OSORIO, Tereza. Ser Protagonista Biologia - Volume 2. São Paulo: Edições SM, 2013.
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